quinta-feira, 9 de junho de 2011

Rapozas saem de suas tocas

E ainda não amanheceu. Roupas rasgadas e ela lembra que já andou sobre duas patas. Unhas ainda vermelhas, seus dentes sangram. Cansamos de tanto andar de gangorra e hoje o dia choveu lá fora. Vestimos bota e saia rodada, quando vimos já era meio do dia. Nossas carnes ainda estão cru, mas comemos com garfo e faca. A fruta caiu do pé mas a árvore continua viva e a mata ainda cresce. Mato a fome sempre que meu estômago se devora. Roubo tuas calças e escondo na gaveta do escritório. Somos todos jovens até que provem o contrário. Passou muito, mas ainda é tempo. Todos correm, por baixo do pano estão pelados.

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