domingo, 6 de fevereiro de 2011

Bem vindos!

Hoje me inauguro no mundo. Nasci dia 23 e hoje já é meu debute. Se ficar para sempre no emaranhado de outro alguém não poderei saber exatamente o que sou. Estava há algum tempo deitada nesse palco, mas só agora permito que ascendam as luzes. Estava diante de uma tela que me dizia o que eu nem esperava, nem queria ver, fechei os olhos e quando abri novamente estava aqui. Olhando para a platéia vazia me perguntei o que deveria ser, se estou no palco é porque devo atuar? Não necessariamente, mas esse é meu teatro, eu é que invento, eu é que comando. Ainda não criei o enredo e os personagens, mas já é hora da platéia entrar. Pois então que entrem, sejam todos muito bem vindos! Esse é meu teatro flutuante, sempre em queda, mas se você olhar invertido ele sobe. Este é meu teatro abismo, não tem final marcado. Aqui nos encontramos, não termina quando fecham as cortinas, todo início é fim, e todo final é começo. Os aplausos são para elevar o tom da alma.

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